A falta de vitaminas em idosos é mais comum do que se imagina e pode passar despercebida no dia a dia. Com o envelhecimento, o corpo reduz a absorção de nutrientes e o metabolismo se torna mais lento, o que afeta diretamente a energia, a memória e até o humor. Pequenos sinais, muitas vezes confundidos com o próprio processo natural da idade, podem indicar carência nutricional e merecem atenção.
1. Cansaço frequente e fraqueza muscular
Um dos primeiros sinais de falta de vitaminas em idosos é o cansaço persistente. A deficiência de vitaminas do complexo B, especialmente B12 e B6, compromete a produção de energia nas células e pode causar fadiga, fraqueza muscular e sonolência excessiva. Além disso, baixos níveis de ferro e vitamina D também reduzem a disposição e dificultam atividades simples do cotidiano.
Para aliviar esse sintoma, é importante manter uma alimentação equilibrada, com alimentos como carnes magras, ovos, leguminosas e cereais integrais. A exposição solar moderada também contribui para a produção natural de vitamina D.
2. Queda de cabelo e unhas frágeis
A perda de cabelo acentuada e unhas quebradiças podem ser reflexo de deficiência de biotina, zinco ou ferro. Essas vitaminas e minerais são essenciais para o crescimento celular e a manutenção dos tecidos. Quando estão em falta, o corpo prioriza funções vitais e interrompe processos menos urgentes, como o fortalecimento dos fios e das unhas.
Incluir na dieta alimentos ricos em proteínas, castanhas, sementes e verduras escuras ajuda a restaurar esses nutrientes. Caso o quadro persista, o médico pode indicar suplementação específica após exames laboratoriais.
3. Alterações de humor e perda de memória
As vitaminas do complexo B também têm papel importante na saúde mental. A deficiência de B12, por exemplo, pode causar irritabilidade, lapsos de memória e até sintomas depressivos. Já a falta de vitamina D está associada ao aumento do risco de ansiedade e à piora da cognição em idosos.
Por isso, manter um cardápio variado e colorido é essencial. Peixes como salmão e sardinha, além de ovos e laticínios, são boas fontes desses nutrientes. Em alguns casos, o médico pode recomendar suplementação para prevenir o declínio cognitivo.
4. Pele seca e cicatrização lenta
A falta de vitaminas A, C e E compromete a saúde da pele e a regeneração dos tecidos. A vitamina C, por exemplo, é essencial para a produção de colágeno, enquanto a vitamina A mantém a integridade das mucosas. Quando essas substâncias estão em níveis baixos, a pele se torna mais ressecada, e cortes simples podem demorar mais para cicatrizar.
Consumir frutas cítricas, cenoura, abóbora, abacate e azeite de oliva é uma forma natural de repor essas vitaminas. Além disso, hidratar-se adequadamente e evitar a exposição solar excessiva ajuda a preservar a elasticidade e o viço da pele.
5. Tontura e dormência nas extremidades
A deficiência de vitamina B12 é uma das causas mais frequentes de dormência, formigamento e tontura em idosos. Esse nutriente é essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso e para a formação das células sanguíneas. Quando há carência, o oxigênio não é transportado de forma eficiente, o que pode provocar anemia e sintomas neurológicos.
O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue simples, e o tratamento pode incluir reposição oral ou injetável, conforme a orientação médica.
A importância do acompanhamento médico e da alimentação
A falta de vitaminas em idosos nem sempre é visível de imediato. Por isso, o acompanhamento médico regular é essencial. Exames periódicos ajudam a identificar deficiências antes que causem complicações mais sérias, como osteoporose, perda de massa muscular ou declínio cognitivo.
Muitos especialistas destacam que a forma como o corpo absorve vitaminas muda com a idade. Por isso, cuidar da alimentação é, ao mesmo tempo, uma forma de prevenir doenças e preservar a qualidade de vida.
