A menopausa é uma fase natural da vida da mulher que marca o fim dos ciclos menstruais. Ela costuma ocorrer entre 45 e 55 anos e pode trazer sintomas como ondas de calor, alterações de humor, insônia e ressecamento vaginal. Embora cada mulher vivencie essa etapa de maneira diferente, existem diversos tratamentos da menopausa, hormonais e não hormonais, que ajudam a controlar o desconforto e a manter a qualidade de vida.
Tratamento da menopausa com métodos não hormonais
Antes de iniciar qualquer reposição hormonal, muitas mulheres aliviam os sintomas com medidas que não envolvem hormônios. Terapias de apoio, como a terapia cognitivo-comportamental, ajudam a controlar ondas de calor, suores noturnos e mudanças de humor. Profissionais qualificados que aplicam técnicas de hipnose clínica também conseguem reduzir a frequência das ondas de calor.
Médicos podem prescrever medicamentos não hormonais, como certos antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina ou da serotonina-noradrenalina), a gabapentina, usada para epilepsia e dor crônica, e a oxibutinina, indicada para bexiga hiperativa. Esses fármacos diminuem ondas de calor, melhoram o sono e reduzem a irritabilidade em casos mais intensos.
No dia a dia, mantenha o ambiente fresco, use roupas leves, evite alimentos muito apimentados ou bebidas alcoólicas e crie uma rotina de sono relaxante. Praticar atividade física regularmente e fazer exercícios de respiração ou ioga fortalece o bem-estar geral.
Terapia hormonal
Quando os sintomas da menopausa se tornam moderados ou graves, a terapia hormonal oferece alívio eficaz. O tratamento usa doses controladas de estrogênio, que o médico pode combinar a um progestogênio, versão sintética ou natural da progesterona. Essa combinação reduz ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor e ressecamento vaginal, além de ajudar a prevenir a osteoporose.
O médico analisa o histórico de saúde da paciente antes de iniciar o tratamento, levando em conta idade, tempo de menopausa e risco de doenças cardiovasculares ou câncer de mama. A recomendação é sempre prescrever a menor dose possível pelo menor tempo necessário, ajustando conforme a resposta individual.
Para mulheres que passaram por histerectomia (remoção do útero), o médico pode indicar apenas estrogênio. Quando o desconforto se restringe à vagina ou ao trato urinário, o profissional pode optar por apresentações locais, como cremes, anéis ou comprimidos vaginais, que agem diretamente na região e têm menor absorção sistêmica.
Tratamento da menopausa com suplementos e terapias complementares
Algumas mulheres recorrem a suplementos fitoterápicos, como isoflavonas de soja, cohosh negro ou ginseng, em busca de alívio dos sintomas. No entanto, as evidências científicas sobre sua eficácia são limitadas e a qualidade dos produtos pode variar. Por isso, é essencial conversar com um médico antes de iniciar qualquer suplemento, especialmente para evitar interações com outros medicamentos.
Tratamento da menopausa e cuidados com a saúde óssea
Com a queda de estrogênio, o risco de osteoporose aumenta após a menopausa. Por isso, exames de densidade óssea podem ser indicados, principalmente para mulheres acima de 65 anos ou com fatores de risco, como histórico familiar, baixo peso, uso prolongado de corticosteroides ou doenças que afetam a absorção de nutrientes. Dieta rica em cálcio e vitamina D, exercícios de resistência e, em alguns casos, medicamentos específicos ajudam a proteger a saúde dos ossos.
Tratamento da menopausa e saúde íntima
A secura vaginal é um sintoma frequente, mas pode ser tratada com lubrificantes ou hidratantes vaginais de uso diário, que melhoram o conforto e a elasticidade dos tecidos. Manter a atividade sexual, inclusive por meio da masturbação, favorece o fluxo sanguíneo e a flexibilidade vaginal. Em situações de maior desconforto, o médico pode recomendar estrogênio em baixa dose aplicado localmente.
Quando buscar orientação médica
Toda mulher que apresenta sintomas da menopausa que interferem na qualidade de vida deve buscar acompanhamento ginecológico. O profissional avalia o histórico clínico e as preferências pessoais e indica as opções de tratamento mais adequadas. Conversar com outras mulheres que já passaram pela menopausa também oferece apoio emocional e permite compartilhar experiências.
A menopausa é uma fase inevitável, mas não precisa trazer sofrimento. Com acompanhamento médico, mudanças no estilo de vida e, quando necessário, terapias hormonais ou não hormonais, a mulher consegue aliviar os sintomas e manter uma vida saudável e equilibrada.
